Alienação Parental: Estratégias de Defesa para Mães em Meio a Alegações Falsas
- Lima & Quirino Advocacia
- 25 de mar. de 2024
- 3 min de leitura
A alienação parental é uma questão delicada que pode surgir durante disputas de guarda, muitas vezes transformando-se em uma estratégia de guerra emocional.
Este artigo visa esclarecer as mães sobre o fenômeno da alienação parental, suas ramificações legais e oferecer dicas práticas para se defender contra alegações falsas.
O que é Alienação Parental:
A alienação parental ocorre quando um dos pais busca deliberadamente colocar o filho contra o outro genitor. Isso pode envolver difamação, manipulação emocional e até mesmo denúncias falsas para minar o relacionamento entre a criança e o genitor alvo.
Neste artigo estamos tratando especificamente sobre as hipóteses em que os pais entram em campanha de alienação parental contra mães.
A Alienação Parental como Tática de Guerra:
Muitas vezes, a alienação parental é empregada como uma estratégia durante disputas de guarda, transformando-se em uma arma emocional. Alegações falsas e campanhas de descredibilização são comuns, impactando negativamente não apenas o relacionamento mãe-filho, mas também o processo judicial como um todo.
Consequências Legais da Alienação Parental:
O Art. 6º estabelece que, quando caracterizados atos típicos de alienação parental ou qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com genitor, o juiz poderá, cumulativamente ou não, tomar as seguintes medidas segundo a gravidade do caso:
I. Declarar a ocorrência de alienação parental e advertir o alienador;
II. Ampliar o regime de convivência familiar em favor do genitor alienado;
III. Estipular multa ao alienador;
IV. Determinar acompanhamento psicológico e/ou biopsicossocial;
V. Determinar a alteração da guarda para guarda compartilhada ou sua inversão;
VI. Determinar a fixação cautelar do domicílio da criança ou adolescente;
VII. Declarar a suspensão da autoridade parental.
Além disso, o parágrafo único do Art. 6º prevê que, em caso de mudança abusiva de endereço, inviabilização ou obstrução à convivência familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de levar para ou retirar a criança ou adolescente da residência do genitor.
Destaca-se que o acompanhamento psicológico ou biopsicossocial deve ser submetido a avaliações periódicas, incluindo um laudo inicial e um laudo final ao término do acompanhamento, conforme estabelecido nos parágrafos 1º e 2º do Art. 6º.
Dicas Práticas para Mães em Meio a Alegações Falsas:
Documentação Detalhada: Manter registros detalhados de interações com o ex-parceiro e das atividades com o filho. Faça uma pasta na nuvem com todas as conversas importantes que não podem ser perdidas, organize por datas.
Comunicação Clara: Estabelecer uma comunicação clara e efetiva com o outro genitor.
Testemunhas e Evidências: Identificar testemunhas neutras e coletar evidências que contradigam alegações falsas. Família e amigos próximos não servem como testemunhas, precisa de pessoas que tem ciência da situação, como vizinhos, colegas de trabalho, pessoas da escola da criança ou adolescente.
Assessoria Jurídica Especializada: Buscar a orientação de advogados especializados em casos de alienação parental.
Acolhimento Psicológico: Procurar apoio psicológico para a mãe e a criança para enfrentar os desafios emocionais.
Procure o Conselho Tutelar da sua Cidade: Denuncie as condutas de alienação do Genitor no Conselho Tutelar, peça relatório da situação acompanhada por este órgão. Além de ser um meio de prova, o Conselho pode atuar efetivamente para mudar essa situação e te proteger legalmente.
Registre Boletim de Ocorrência: Em casos graves de difamação, calúnia, impedimento da convivência também é recomendável prestar um boletim de ocorrência sobre a situação. O Boletim iniciará um processo investigativo, que também proporcionará mais segurança para mãe.
Não hesite em explorar canais online de denúncia e, se possível, colaborar com profissionais da saúde e educação.
Conclusão:
Enfrentar a alienação parental exige resiliência e estratégias eficazes. Ao compreender as ramificações legais e implementar práticas defensivas, as mães podem proteger não apenas seus direitos parentais, mas também o bem-estar emocional de seus filhos.
Se você é mãe e está passando por isso, sabia que não está só! Existe uma rede de profissionais pronta para te auxiliar neste momento tão delicado!
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